Sobre a tortura de um homem santo

Santo Antônio [enquanto um conceito, ok?!] sempre foi um cara bacana comigo. Desde que comecei a namorar - e isso faz muuuuito tempo - sempre fui comprometida - embora eu nunca quisesse ser, simplesmente acontecia. De forma que já vivi pelo menos 4 relacionamentos de mais de 3 anos cada [e com o marido estou há quase 10]. Isso me oportunizou conhecer ótimas pessoas, ainda que elas não fossem pra mim.

Não acho que é sorte dizer que fui amada muitas vezes, porque também amei e 'desamei' quando se fez essa a única saída. Acontece que existem amores que nos fazem bem e amores que nos fazem mal. Existem amores limitados, momentâneos que, embora intensos, não são fortes ou flexíveis o suficiente pra acompanham as mudanças da gente, o fluxo da vida - difícil é admitir a hora de partir quando um amor, de tão inflexível, já se partiu.

Ser feliz não é um milagre. Não acredito que se escolha a quem amar, mas se submeter a algo que não nos faz bem... Isso, sim, é uma escolha. Não vou dizer que 'estou presa' ao melhor amor que eu poderia ter, porque amor nada tem a ver com prisão - não o tipo de amor que escolhi pra minha vida. Esse amor tem muito mais a ver com ceder e retroceder quando se faz preciso. E respeitar. E fluir!

É isso, um amor fluido. É o que ofereço e é o que tenho em troca, portanto, nenhum de nós merece um troféu por isso... Nenhum de nós quer ser canonizado. Nos merecemos. E o que temos juntos é o que queremos, o que nos basta.

A solteirice pode ser uma coisa boa, muito boa, pra quem gosta da própria companhia. Pra mim, melhor que ela só mesmo o que tenho, mas viver um amor com liberdade requer muita maturidade - algo que anda raro... (e que é bastante caro, diga-se de passagem). Então, deixemos o santo em paz que torturar uma estátua não há de trazer algo de bom. E entre algo ruim e nada... No nada existem melhores possibilidades. Boa sorte ;)

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